Você é um infinito de balões azuis, que se confundem com o céu. É uma pausa nos meus dias, cada vez mais cheios. Aliás, você é a grande pausa que a vida meu deu, quando uma nuvem roxa de infelicidades parecia ter estacionado sobre a minha cabeça. Então, por que fazer as malas agora? Ainda podemos dançar fora do tom e fazer a nossa música. Ainda posso cuidar do seu cansaço e preencher o seu dia com escalas variadas de cores. Ainda posso pagar todas as carícias prometidas. Definitivamente, ainda podemos ser quem precisamos.
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Eu não quero partir. Faça algo que me impeça. Usa essas unhas pintadas de roxo para se imprimir na minha pele. Me prende aqui, querida. Mas não me olha com esses olhos de promessas, pois estou farto delas. Gostaria de saber quem eu sou pra você e poder merecer cada um dos teus primeiros sorrisos do dia. Você é um infinito de folhas que caem sobre mim e me fazem sentir que estou vivo. Mas a nossa música chegou ao fim e eu preciso reconhecer o silêncio.
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Saiu sem olhar para trás, deixando duas vidas tingidas de uma única cor: roxo. As palavras não ditas e os últimos olhares trocados seriam o logotipo daquele produto final, agora sem valor no mercado.
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