-Ana, precisamos conversar?
-Falar sobre o que, Gabriel?
-Por favor, não fique com essa cara.
-E como você quer que eu fique? Esta é a cara de quem olha pra um monte de incertezas, confusões mentais, covardia e um toque de sadismo.
-Sadismo?
-É, não se faça de desentendido. Você sabe o quanto me machuca.
-Ana, não precisa se afastar, vem cá.
-Não. Costumo manter uma distância segura das coisas perigosas. Da última vez que me aproximei, deu nessa melancolia que você vê estampada em mim agora.
-Ana... Você não precisa disso. Eu queria te dizer que gosto de você.
-E daí? Você, com teu nome de anjo, transformou a minha vida num inferno. Agora vem com esse papo de "gosto de você". Gosta nada, cara! E mesmo que gostasse, ainda assim não seria o suficiente pra mim agora. Porque eu, Gabriel, não gosto mais de você. Eu amo você.
E a ele, mais uma vez, faltaram as palavras. E a ela, mais uma vez, restou uma noite de insônia.
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