17 de outubro de 2012

Escalada

É tão bonito o seu cabelo ao sol! E os seus dentes naturais, sem clareamento e um pouco tortos, me dão o melhor sorriso do mundo. Gosto da delicadeza com que seus cílios se tocam, como duas pessoas em um abraço sem tempo para acabar. O seu olhar desviado quando encontra o meu (mesmo depois de tudo que passamos juntos), será sempre um charme. Rezo todos os dias para ter mais uma vez a oportunidade de contar os sinais na sua nuca. Nada é tão bom quanto amar cada parte do seu corpo e todos os seus detalhes nada óbvios. Vendo meus pés balançarem aqui no alto, mergulhados no vazio, percebi  que a eternidade não tem nada a ver com tempo, mas com distância: eternidade é a distância exata entre as minhas lembranças e o teu pensar em nós. E agora sei: não existem histórias efêmeras, meu bem.

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