Cariño,
Uma nova estação está para chegar. As coleções já mudaram nas vitrines, as folhas já mudaram de cor e eu penso que estou mudando junto com todas as coisas, enquanto a Terra gira e fica em posição de máximo afastamento do sol. Estranhamente, sinto-me mais perto de você, que ainda nem chegou. Me pego vestindo aquela tua camisa favorita, cantarolando as músicas que você dedilha no violão enquanto invento algum poema, fingindo que estou incomodada com o encosto da poltrona no cinema, só para que me ofereças teu ombro. Em mim existem tantos clichês agora quanto nas músicas que me acostumei ouvir. Não faz sol lá fora, tampouco venta, mas há calor saindo de mim e indo na tua direção, como bem sei. Alguns dirão que é insensatez pintar um retrato tão fiel de quem ainda está por vir, quem talvez nem tenha malas prontas. Mas eu não quero saber das tuas bagagens, cariño. Só preciso de você.
Uma nova estação está para chegar. As coleções já mudaram nas vitrines, as folhas já mudaram de cor e eu penso que estou mudando junto com todas as coisas, enquanto a Terra gira e fica em posição de máximo afastamento do sol. Estranhamente, sinto-me mais perto de você, que ainda nem chegou. Me pego vestindo aquela tua camisa favorita, cantarolando as músicas que você dedilha no violão enquanto invento algum poema, fingindo que estou incomodada com o encosto da poltrona no cinema, só para que me ofereças teu ombro. Em mim existem tantos clichês agora quanto nas músicas que me acostumei ouvir. Não faz sol lá fora, tampouco venta, mas há calor saindo de mim e indo na tua direção, como bem sei. Alguns dirão que é insensatez pintar um retrato tão fiel de quem ainda está por vir, quem talvez nem tenha malas prontas. Mas eu não quero saber das tuas bagagens, cariño. Só preciso de você.
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